A carta
…Garota, lembro-me de como sua face um dia apresentava a alegria que me faltava. E que mesmo hoje, apesar de guardar consigo uma tristeza que nem você mesma nunca soube dizer o que era, a tenha se vilaniado.
Observo de perto, inquieto o quanto se esforça para dar aos outros o que jamais teve para si.
Lembro-me de todas as vezes que brincando chorou e que mesmo quando chorando conseguiu esboçar um leve sorriso.
Recordo-me das vezes que seguia em frente mesmo quando não conhecia o caminho.
Penso nas diversas vezes em que o seu silêncio falou mais que você.
Quem é você, doce menina? O que procura em seu íntimo? O que esperam os dias reservados para ti? Não consigo enxergar nada além do que eu já sabia antes.
Seus olhos não mentem, e no fundo só trazem dor.
Você me lembra uma rara ostra perdida num profundo e escuro oceano implorando para jamais ser achada.
Será isso um mau presságio, sinal ou algo parecido? Ou as pessoas esperam que você as deem mais do que pode? Não sei… E quem sabe? Quem pode dar todas as respostas?
Você é como uma incógnita!
É como uma matéria a ser inventada ou uma distância a ser calculada.
Ou não… E quem sabe?
Apesar de ser como é, quero que saiba, que com tudo, o grande amor que eu te tenho, poderá facilmente ser contado. É só você pegar o número de estrelas existentes no céu à noite e as somar.


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